A Regionalização
Vivemos num país pequeno. Ainda mais pequeno quando pensamos em design. Fará algum sentido regionalizar o design em Portugal?
Quem vive em Lisboa desconhece o Porto e vice-versa. Alguns depoimentos de lisboetas já disseram: o Porto é um lugar pequeno onde pouca coisa acontece. As ruas são sujas, as pessoas dizem palavrões, fala-se mal... Existirão certamente galhardetes para a troca do lado "contrário"...
Quando, em Portugal, se fez uma exposição sobre design português, por altura da Experimenta Design 2005, maioritariamente, os exemplos apresentados eram da capital. Muito se falou da ausência escandalosa de muitos designers "desconhecidos" mas que regularmente figuram na imprensa nacional.
Como o design em Portugal vive ainda de relações que lhe são externas, os projectos de comunicação assumem uma existência que lhe é exterior, que é a da esfera social a que os seus autores estão sujeitos, e que fazem deles, reféns de um meio local. O meio que se vive diariamente, com que se cruzam na rua, o que se comenta em cafés, o mesmo meio que por vezes serve o impedimento da projecção nacional, apesar da divulgação semanal na imprensa em que muitos destes trabalhos estão presentes.
Tendo estudado numa pequena cidade, como é a das Caldas da Rainha, não defendo aqui regionalismos saloios, mas sempre recebi aquela que era a "grande cultura lisboeta" feita de amizades e conhecimentos de circunstância em que a proveniência, o local onde tivemos a felicidade/infelicidade de nascer, teria um peso simbólico.
Com estas ideias não se pretende valorizar/validar o mais pequeno sobre o mais conhecido, nem o detentor de menos meios sobre o mais mediático, mas antes, referir que ainda há vários desconhecidos dos nossos vizinhos com trabalho consistente e continuado, publicado. Perante isto, o nosso lugar, o Local mantem-se mais detentor do nosso conhecimento, do que o seria o possível Global do design em Portugal.
Quem vive em Lisboa desconhece o Porto e vice-versa. Alguns depoimentos de lisboetas já disseram: o Porto é um lugar pequeno onde pouca coisa acontece. As ruas são sujas, as pessoas dizem palavrões, fala-se mal... Existirão certamente galhardetes para a troca do lado "contrário"...
Quando, em Portugal, se fez uma exposição sobre design português, por altura da Experimenta Design 2005, maioritariamente, os exemplos apresentados eram da capital. Muito se falou da ausência escandalosa de muitos designers "desconhecidos" mas que regularmente figuram na imprensa nacional.
Como o design em Portugal vive ainda de relações que lhe são externas, os projectos de comunicação assumem uma existência que lhe é exterior, que é a da esfera social a que os seus autores estão sujeitos, e que fazem deles, reféns de um meio local. O meio que se vive diariamente, com que se cruzam na rua, o que se comenta em cafés, o mesmo meio que por vezes serve o impedimento da projecção nacional, apesar da divulgação semanal na imprensa em que muitos destes trabalhos estão presentes.
Tendo estudado numa pequena cidade, como é a das Caldas da Rainha, não defendo aqui regionalismos saloios, mas sempre recebi aquela que era a "grande cultura lisboeta" feita de amizades e conhecimentos de circunstância em que a proveniência, o local onde tivemos a felicidade/infelicidade de nascer, teria um peso simbólico.
Com estas ideias não se pretende valorizar/validar o mais pequeno sobre o mais conhecido, nem o detentor de menos meios sobre o mais mediático, mas antes, referir que ainda há vários desconhecidos dos nossos vizinhos com trabalho consistente e continuado, publicado. Perante isto, o nosso lugar, o Local mantem-se mais detentor do nosso conhecimento, do que o seria o possível Global do design em Portugal.
2 Comments:
Viva,
Este blog tem ideias e assuntos bem desenvolvidos, parabéns.
Em relação a foto que postou, tenho uma pequena correcção de direitos de autor: Falta o nome da Andreia Silva, que também foi responsável pela instalação desse workshop.
Cumprimentos,
Melissa Capela
mcdesign.viseu@gmail.com
Cara Melissa,
as nossas desculpas pelo lapso, vamos já corrigir isso. E obrigada pela rectificação.
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