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Ex Sras e Srs, de uma Empresa de comunicação nacional que procura Designer Gráfico para Luanda
Em virtude da colocação do vosso anúncio no sítio cargadetrabalhos.net, respondo:
- sou Designer e possuo as qualificações por vós requeridas;
- este pedido parece-me uma possibilidade de desenvolvimento pessoal e profissional muito enriquecedora;
Contudo, o vosso pedido é representativo da desigualdade (em alguns casos, desrespeito) pessoal-profissional, que existe entre entidades empregadores e possíveis empregados, e se tem vindo a verificar neste meio profissional. Demonstra igualmente a sujeição a que alguns interessados se prestam para tentarem a sua sorte. Enviar um conjunto de informações suas, que o identificam, assim como, um conjunto de trabalhos demonstrativos do que é enquanto profissional e que pretendem em última instância, o convencimento da empresa, de que se é capaz, e se cumprirá o cargo em questão; submeter um portfolio a um júri que não se conhece, quero dizer, não identificado, é quanto a mim uma questão de sorte, mas sobretudo de fé. E algum desespero!
Todo o designer deve ter o direito de saber a quem está a enviar os seus dados, o seu portfolio e a sua proposta de colaboração. Quem está do outro lado? Com que expectativas? O que pretende? O que valoriza? Mas, principalmente, o designer deve estar esclarecido antes de decidir avançar com a sua proposta. Isto é, decidir se a empresa em questão lhe interessa e se ele próprio enquanto profissional pode interessar aquela empresa. O que só é possível, se os anúncios de emprego começarem a apresentar essa informação. E só é possível, se as empresas aceitarem que os profissionais também têm a capacidade, e sobretudo o direito, de seleccionar a quem se dirigem. Porque não existe apenas um universo de agências de design, mas vários e muito diversos; porque existirão sempre inúmeras e incompatíveis formas de encarar e exercer a disciplina. Porque, acredito que se todos os pedidos fossem mais claros e visíveis, o processo de selecção de candidatos seria menos moroso para a empresa e menos desprestigiante para os candidatos. (Evitando-se a quantidade de portfolios fora do baralho e evitando-se a espera do mail de resposta que nunca mais chega, e que nunca vai chegar.) A bem do respeito pelos candidatos a qualquer emprego, acredito que esta situação pode ter outra solução.
Atenciosamente,
Em virtude da colocação do vosso anúncio no sítio cargadetrabalhos.net, respondo:
- sou Designer e possuo as qualificações por vós requeridas;
- este pedido parece-me uma possibilidade de desenvolvimento pessoal e profissional muito enriquecedora;
Contudo, o vosso pedido é representativo da desigualdade (em alguns casos, desrespeito) pessoal-profissional, que existe entre entidades empregadores e possíveis empregados, e se tem vindo a verificar neste meio profissional. Demonstra igualmente a sujeição a que alguns interessados se prestam para tentarem a sua sorte. Enviar um conjunto de informações suas, que o identificam, assim como, um conjunto de trabalhos demonstrativos do que é enquanto profissional e que pretendem em última instância, o convencimento da empresa, de que se é capaz, e se cumprirá o cargo em questão; submeter um portfolio a um júri que não se conhece, quero dizer, não identificado, é quanto a mim uma questão de sorte, mas sobretudo de fé. E algum desespero!
Todo o designer deve ter o direito de saber a quem está a enviar os seus dados, o seu portfolio e a sua proposta de colaboração. Quem está do outro lado? Com que expectativas? O que pretende? O que valoriza? Mas, principalmente, o designer deve estar esclarecido antes de decidir avançar com a sua proposta. Isto é, decidir se a empresa em questão lhe interessa e se ele próprio enquanto profissional pode interessar aquela empresa. O que só é possível, se os anúncios de emprego começarem a apresentar essa informação. E só é possível, se as empresas aceitarem que os profissionais também têm a capacidade, e sobretudo o direito, de seleccionar a quem se dirigem. Porque não existe apenas um universo de agências de design, mas vários e muito diversos; porque existirão sempre inúmeras e incompatíveis formas de encarar e exercer a disciplina. Porque, acredito que se todos os pedidos fossem mais claros e visíveis, o processo de selecção de candidatos seria menos moroso para a empresa e menos desprestigiante para os candidatos. (Evitando-se a quantidade de portfolios fora do baralho e evitando-se a espera do mail de resposta que nunca mais chega, e que nunca vai chegar.) A bem do respeito pelos candidatos a qualquer emprego, acredito que esta situação pode ter outra solução.
Atenciosamente,